sábado, 8 de agosto de 2009

CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA (CLÍNICA COM BEBÊS)


CLÍNICA COM BEBÊS



INTRODUÇÃO

A clínica com bebês e crianças ainda muito pequenas vem recebendo especial atenção desde os últimos vinte anos, fundamentalmente discutindo questões acerca das práticas em saúde, quando estas ocorrem num período ainda muito precoce da vida. Neste aspecto, encontramos no campo da neonatologia e da pediatria uma gama de situações de risco físico quanto de risco psíquico, que atingem tanto o bebê quanto a constituição do laço mãe-filho.

Situações como prematuridade, hospitalização prolongada, distúrbios do desenvolvimento neuromotor ou anomalias genéticas constituem situações de risco por se tratar de um momento fundamental na constituição psíquica de uma criança. Quando um bebê apresenta algum problema em seu desenvolvimento, compromete os pais na preocupação com o seu futuro, com as possibilidades que este terá de se comunicar socialmente, de aprender e de ser desejante diante da vida.

Sabemos, desde as contribuições da psicanálise que estas situações de risco numa criança ainda muito pequena pode afetar o funcionamento psíquico de seus progenitores instalando uma situação de risco na díade mãe-bebê. As patologias severas em bebês são os quadros que melhor nos fornecem exemplos, como paralisia cerebral parcial ou total, síndromes que atingem as o instrumental cognitivo e motor, onde a díade mãe-bebê atinge o estatuto de indicador fundamental na constituição psíquica dessas crianças. Mesmo diante de uma falha orgânica, priorizar a sustentação das funções parentais pode rearticular o modo em que um bebê é tomado no circuito de desejo e demanda dos pais, o que é decisivo para sua constituição como sujeito.

Neste sentido, a proposta de um trabalho dirigido aos bebês e seus pais confere uma aposta de que estas crianças possam chegar mais cedo para uma intervenção multiprofissional, incluindo aí um espaço de escuta desses pais, o que poderia minimizar os efeitos graves como autismo infantil ou sintomas que aparecem desde os primeiros meses de vida.

OBJETIVO GERAL

Intervir na díade mãe-bebê em caso de diagnósticos precoces de risco psíquico, relativos a saúde mental do bebê, decorrentes de quadros patológicos severos e/ou intercorrências clinicas após o nascimento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Observar a díade mãe-bebê durante os períodos de visita hospitalar, no momento dos cuidados e amamentação do bebê, nas consultas com especialistas, quando possível;

2. Oferecer espaço de acolhimento em grupo aos pais (ou responsáveis legais), através de encontros semanais;

3. Realizar entrevistas prelimiares com os sujeitos envolvidos (pais, familiares, bebês e equipe médica) quando necessário;

4. Acompanhar, de forma multi e interdisciplinar o desenvolvimento neuro-psico-motor dos casos encaminhados, através de ficha registro.

PÚBLICO ALVO

Bebês entre 0 e 3 anos que apresentam sinais de risco psíquico, com diagnósticos precoce de patologias severas, mal formação congênita bem como atraso no desenvolvimento neuro-psico-motor, acompanhados por especialistas em Pediatria, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Neuropediatria.

METODOLOGIA

O percurso inicial do referida proposta tem como ponto de partida os bebês internados no Hospital Santo Antônio, mais especificamente na Unidade de Tratamento Intermediário e UTI Neo-Natal e os bebês que realizam acompanhamento de Puericultura de Risco, do Ambulatório Universitário, que participam do Programa de Atenção á Saúde Materno Infantil.

A metodologia de trabalho ocorre através de atividade coletiva grupal, sob a forma de “Roda de Conversa” com os pais e acompanhantes familiares do bebê encaminhado. As observações sobre a díade mãe-bebê ocorrem a partir da dinâmica grupal instalada em cada encontro, a partir da observação de alguns indicadores observáveis nos cuidados maternos como o olhar e as significações antecipatórias que a mãe (ou familiares) realizam sobre o bebê.

O número de bebês a serem acompanhados será limitado em até 4 vagas para cada especialidade.

2 comentários:

  1. Olá...,

    muito bacana a proposta de trabalho de vocês!!! Tenho muito interesse neste tema, ainda tão incipiente, porém significativamente promissor...Gostaria de saber como conhecer melhor o trabalho desenvolvido por vocês.
    Sou psicóloga e psicanalista em Curitiba e se possível, eu tería interesse em conhecer esse projeto pessoalmente.

    Aguardo retorno!
    Camila Louvison C. Corsato

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  2. Olá!
    Estoubuscando um profissional para meu filho de 2 anos e 4 meses. Vocês poderiam me indicar algum endereço em Porto Alegre especializado no tratamento psicológico dos pequenos?

    Grata

    Flávia

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