sábado, 8 de agosto de 2009

CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA (ADOLESCÊNCIA)

Serviço de Acolhimento de Adolescentes e Familiares

INTRODUÇÃO

O serviço de acolhimento para adolescentes na clínica - escola de psicologia da FURB,nasce no viés de montar outra forma de acolher a este público diferenciando da até então adotada pela instituição. Tem como objetivo oferecer um acolhimento sob a forma individual ou em grupo, a fim de singularizar ou construir junto ao adolescente qual é a sua demanda. O público-alvo são os adolescentes e todos aqueles que pedem atendimento ao mesmo, sejam eles pais, cuidadores, escolas, e outras instituições. Sabe-se que a adolescência é um período intenso de modificações subjetivas, físicas, social, singular a cada um, muitas vezes relacionadas por atos como a transgressão e a delinqüência, onde junto aos adolescentes utilizamos formas de intervenção aonde há inclusão dele no processo. Na adolescência surge o estabelecimento de novos laços sociais para além do familiar, se deparam com uma nova imagem de si diferente da infância, desamparo, frustrações, muitas vezes vítimas de institucionalizações, às vezes sem um lugar para falar de si, do que lhe ocorre, e assim muitos falando por eles. A economia da palavra é algo constante no adolescente, mas que ao produzir uma narrativa, poder falar, buscar referênciais, ideais, o possibilita a lidar de uma melhor forma com os impasses. Assim, adolescência é um período em que causa estranhamento tanto ao próprio adolescente que às vezes não sabe o que o acomete como aos que convivem com ele que se perguntam se é só uma fase, ou o quê deste período, que agora se apresenta no seu filho, o incomoda.


METODOLOGIA

São oferecidas ao adolescente as modalidades de atendimento individual e ou em grupo e separadamente o serviço de acolhimento visa também acolher as pessoas que pedem o atendimento a eles, sejam pais, cuidadores, e instituições. Assim acompanhar tanto o adolescente quanto a família e instituições é poder acompanhar de uma forma mais ampla este publico e aqueles que o encaminham ao atendimento, escutar os familiares, a instituição, é ver em qual discurso o adolescente está inserido, escutar o que estes nos pedem para além de um olhar patológico, cientifico, respostas prontas, é poder implicar a família no seu pedido, considerar o saber que possuem sobre seu filho, para possibilitar pensarmos a melhor forma de conduzir e encaminhar o caso.

RESULTADOS E CONCLUSÃO

Até o momento estamos acompanhando os adolescentes, os familiares e algumas instituições que encaminham, já conseguimos perceber efeitos, como mudança de posição do adolescente que passa, a saber, por que vem aos atendimentos se apropriando através da fala, diminuição dos sintomas, e a família e a instituição quando acolhida também fala, se questiona. O que nos tem mostrado na escuta a estes é que ao acompanhá-los conseguimos definir a demanda e qual a melhor forma de atender, abrindo questões e metas como intensificar diálogos as instituições, montar um grupo para os pais, buscar parcerias com outras ciências, etc.

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