sexta-feira, 23 de outubro de 2009

TRABALHOS ACADÊMICOS - CLÍNICA ESCOLA DE PSICOLOGIA & PACIENTES COM SOFRIMENTO PSIQUÍCO INTENSO

CLÍNICA ESCOLA DE PSICOLOGIA & PACIENTES COM SOFRIMENTO PSIQUÍCO INTENSO:
POSSIVEIS ENCONTROS, NOVOS CAMINHOS E CONSTRUÇÃO DE POSSIBILIDADES
Autor:
Carla Regina Cummioto - FURB

Autores secundários:

Barbara Wehmuth Raulino - FURB
Glauce marina Flohr – FURB
Djecica Koepsel - FURB
Eduarda Renaux - FURB
Fernanda Luiza Zonta - FURB
Jerusa Maurici – Psicólogo Voluntário
Jerusa Wilbert - Psicólogo Voluntário
Juliane Wolf – Psicólogo Voluntário
Rafael Gustavo de Liz - FURB
Rafaela Pereira – FURB
Raquel Lizandro Lindner - FURB
Ligia R. S. Hamada FURB
Vinicius da Rocha Barros - Psicólogo Voluntário
A rede de serviços voltados a saúde mental no Brasil tem passado por profundas transformações nos últimos anos. O movimento antimanicomial e a reforma psiquiátrica, com objetivo de exterminar o exílio e as práticas excessivamente medicamentosas, iniciaram uma luta pela diminuição de leitos psiquiátricos, bem como, internações a longo prazo. As práticas voltadas ao sujeito com sofrimento psíquico grave passam a atuar pautadas na inclusão social, políticas públicas e cidadania. Com a reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial, muitos hospitais psiquiátricos fecharam suas portas e os leitos foram gradativamente reduzidos. Esse fenômeno atinge aos pacientes psiquiátricos, pois diante da falta de serviços que os acolha, acabam por buscar locais inadequados de tratamento; e também aos familiares, pois sentem-se desamparados, não sabendo onde recorrer para cessar essa dialética de sofrimento. Essas transformações dos serviços voltados a saúde mental foram vivenciadas a partir do início do ano de 2008, onde nascia a inserção do estágio de Psicologia no Pronto- Socorro (P.S.) de um dos Hospitais de Blumenau, que perdura até os dias de hoje. No período inicial, foi constatado uma grande demanda advinda de pacientes psiquiátricos no P.S., visto que, os poucos leitos psiquiátricos e a falta de uma infra-estrutura que acolhesse tais pacientes, não davam conta da demanda de sujeitos que buscavam serviços voltados a saúde mental. A partir deste diagnóstico institucional, deu-se início ao Projeto Saúde Mental, que consiste em criar um espaço de intervensão e de referência no acolhimento e atendimento a pessoas com sofrimento psíquico grave. Tal projeto visa uma psicologia prestadora de serviços voltados a saúde mental, comunidade, reabilitação psicossocial do sujeito acometido pelo sofrimento psíquico, bem como, seus famíliares, para além da medicação. Reuniões, grupos, atendimentos, acolhimentos, supervisões e debates são realizados semanalmente, a fim de propiciar um melhor compreendimento dos serviços disponibilizados em saúde mental, para o aperfeiçoamento de nosso serviço de intervenção. Deste modo, possibilitar um espaço de acolhimento e escuta aos usuários do Projeto tem produzido interessantes efeitos no que se refere a clínica e a saúde pública, visto que, de todos os atendimentos realizados não houve nenhuma desistência ao tratamento. Para uma melhor eficácia de nosso serviço, busca-se parcerias com psiquiatras, suporte aos familiares, visitas domiciliares, acompanhamento e oficinas terapêuticas. Estas são propostas de atuação que ainda estão sendo elaboradas, aperfeiçoadas e amadurecidas para implementação no Projeto. Tais implementações garantem a formação de um serviço de referência em saúde mental na cidade de Blumenau.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Está Aí! PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - 2009

PROGRAMAÇÃO SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA EM TODOS OS LUGARES













SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - Psicologia em Todos os Lugares

O Centro Acadêmico de Psicologia – Silvia Lane (Gestão Avança-Psico) traz para discussão na Semana Acadêmica de Psicologia a inserção da Psicologia nos mais diversos âmbitos, tendo como objetivo central pensar a prática desta para além da clínica de consultório.

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - Carlos Alberto Medrano

PALESTRA COM CARLOS ALBERTO MEDRANO
Possui graduação em Psicologia - Universidad Argentina J F Kennedy (1983), mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003) e mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente cursa doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professor titular do Instituto Catarinense de Pós Graduação no curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica nas disciplinas de Introdução à Psicanálise e Supervisão de Práticas e intervenções em Psicopedagogia. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Medicina Preventiva, na Psicologia Clínica (crianças, adolescentes e adultos) e hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise, genealogia, prevenção, psicanálise e infância.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - Palestra com Marcos Antônio Mattedi

PALESTRA COM MARCOS ANTÔNIO MATTEDI


Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Regional de Blumenau (1991), mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994),e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1999) e estágio pós-doutoral no Centre de Sociologie de L´innovation - ENMP/Paris (03). Atualmente é professor titular do Mestrado em desenvolvimento Regional da Fundação Universidade Regional de Blumenau. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em sociologia do conhecimento científico, atuando principalmente nos seguintes temas: ciencia e tecnologia, desenvolvimento regional, sociologia, impactos ambientais, meio ambiente e percepção ambiental. Atualmente tem pesquisado os processos de formação e dissolução de redes sociotécnicas.

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - Palestra com Rosana de Souza Coelho

PALESTRA COM ROSANA DE SOUZA COELHO


Psicóloga. Psicanalista. Membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre. Formação em Dinâmica de Grupos/SBDG-RS. Especialista em Atendimento Clínico/UFRGS. Mestranda no Programa de Pós Graduação em Psicologia Social e Institucional/UFRGS. Atua no Desenvolvimento de Pessoas e Equipes em empresas públicas e privadas. Facilitadora em Programas de Desenvolvimento Gerencial e Coach de Executivos. Palestrante em Eventos de Formação Profissional e Professora em Cursos de Extensão.

TRABALHOS ACADÊMICOS - O Papel da Música na Busca por Identidade do Adolescente

O Papel da Música na Busca por Identidade do Adolescente
FELDMANN, Maíra Pellin
Desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas, no continente africano, a música já era tida como parte integrante do cotidiano destas pessoas. Atualmente, as “tribos urbanas” constituem-se em sua maioria por jovens e adolescentes. Estes grupos adequam seu modo de agir, vestir e falar, buscando uma maior possibilidade de comunicação e integração entre eles. É vitalício o processo de identidade no sujeito, porem na adolescência a busca por um senso claro de identidade é acentuada. Com esta pesquisa, pretende-se aprofundar qual o papel da música na identidade do grupo adolescente. O estudo consiste em uma pesquisa exploratória e qualitativa. Desenvolveu-se uma análise a partir de entrevistas semi-abertas com 6 jovens com idades entre 14 e 21 anos. Os participantes têm como característica comum o fato de serem ligados a um grupo de jovens da cidade de Blumenau que tem no rock independente seu estilo musical favorito. O principal instrumento utilizado na pesquisa foi à entrevista semi-aberta. Foram analisados o discurso dos seis entrevistados e, a partir desta análise de dados, foram definidos 3 núcleos estruturadores do discurso dos participantes e suas categorias analíticas. Os núcleos são: o lugar que a música ocupa no grupo do jovem; como se dá a identificação do jovem pela; a relação entre preferências musicais e imagem do grupo e do sujeito. Dentro do primeiro núcleo, as categorias encontradas foram: a) A música como o elemento fundamental nas escolhas das atividades dos grupos. b) Música como elemento identificatório do grupo.c) A música ditando a moda e alguns comportamentos. No núcleo em que se aborda a identificação que se dá entre adolescente e música, buscaram-se quais os fatores que levam o jovem a ouvir este tipo de música. Verificamos que entre a mostra estudada há identificação a) pelas letras/melodia, b) pela realidade das bandas. Quanto ao núcleo que aborda imagem do grupo verificou-se: a) o fato do sujeito não poder assumir que ouve certas músicas para os membros de seu grupo; b) a falta de tolerância entre alguns grupos. O grupo é uma das principais formas de subjetivação para o jovem contemporâneo. A música tem papel importante na definição destas relações entre os pares de adolescentes. É um dos elementos tidos como base para a “construção” do grupo. Conforme a análise de dados, o grupo se estrutura a partir de um estilo musical. Locais a serem freqüentados, atividades a serem feitas em turma, roupas entre outros fatores que interferem na relação do jovem com seus pares e até mesmo com o restante da sociedade tem a música como motivação e justificativa.
PALAVRAS-CHAVE: Subjetividade, música, identidade.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

TRABALHOS ACADÊMICOS - A Psicologia do Esporte no Programa de Apoio ao Esporte de Alto Rendimento: Relato de Experiência

A Psicologia do Esporte no Programa de Apoio ao Esporte de Alto Rendimento: Relato de Experiência
JAQUES, Max
NUNES, Carlos Roberto de Oliveira
A Psicologia do Esporte (PE) teve seu impulso, em nível mundial, na década de 60, quando em 1965 e em 1968 são fundadas a International Society of Sport Psychology e a North American Society of Psychology of Sport and Psysical Activity, respectivamente. No Brasil, a história da PE é mais recente. Apesar de existirem relatos de experiência datados de 1958, é na década de 90 que a PE ganha força no cenário nacional, sendo reconhecida como especialidade do psicólogo pelo Conselho Federal de Psicologia em 2001. Dada a recente história da aplicação da PE, os campos e as formas de atuação ainda estão sendo desbravadas pelos profissionais e estudantes dessa área. Assim, procuramos apresentar o campo de conhecimento da PE, destacando as várias possibilidades de atuação do psicólogo neste contexto, ocupando-se em relacionar os dados teóricos sobre as possibilidades de atuação com a experiência do estágio no Programa de Apoio ao Esporte de Alto Rendimento da Universidade Regional de Blumenau. Para tanto, foi realizada a revisão dos aspectos teóricos sobre as possibilidades de pesquisa e intervenção da PE, ampliando o olhar para as interfaces com outras formas de compreensão do fenômeno esportivo, como por exemplo, a educação física, a medicina esportiva, a sociologia do esporte, o direito esportivo, dentre outros. Os resultados encontrados apontam para o fato de que o esporte moderno está caracterizado pela grande ênfase no rendimento esportivo, muitas vezes, ofuscando a condição humana. Tal ênfase parece estar diretamente relacionada aos fatores econômicos e políticos que o fenômeno esportivo representa atualmente. Ao psicólogo do esporte, principalmente no alto rendimento, cabe a difícil tarefa de contribuir para o aprimoramento da performance, contudo, sem se abster das implicações éticas das suas condutas. Pretende-se, portanto, preparar o atleta para lidar com as contingências características do fenômeno esportivo, mas, paralelamente, promover modificações ambientais que promovam modos mais saudáveis para o alcance dos objetivos esportivos. Assim, a atuação da PE não se resume à compreensão simplista da “preparação mental”, apesar de englobá-la. A experiência do estágio no Programa de Apoio ao Esporte de Alto Rendimento confirmou a contribuições teóricas dos autores que afirmam que para uma atuação qualificada em PE, o profissional deve compreender o corpo teórico e o modus operandi das diversas áreas da psicologia, como a Psicologia Social, Psicologia do Desenvolvimento, Psicologia da Aprendizagem, Psicologia Clínica, Psicologia Organizacional e do Trabalho, dentre outras.
Palavras-chave: Psicologia do Esporte, Extensão Universitária, Atuação do Psicólogo

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TRABALHOS ACADÊMICOS - O Lugar da escola no Discurso do aluno Adolescente

O LUGAR DA ESCOLA NO DISCURSO DO ALUNO ADOLESCENTE
CAGLIONI, Victor José
O mundo mudou de mentalidade após a criação da prensa tipográfica, com a possibilidade de milhares de livros serem publicados e lidos por qualquer um, o letramento passou a ser necessário para viver em sociedade e perpetuar a cultura, recriaram-se as escolas. Houve então a separação entre os que sabiam e os que precisavam aprender ler, em especial as crianças por serem estas consideradas capazes de criar um mundo novo. O viver na sociedade passou a necessitar de um período de preparação, obtido na escola, através dos livros e do conhecimento produzido e que era publicado sobre a vida dos já adultos, impondo uma moratória as crianças, fazendo de partes da vida dos adultos, segredos aos mais novos. Essa moratória encontrou apoio dos homens da Lei e dos eclesiásticos, especialmente no que diz respeito à sexualidade e a propagação do sentimento de infans (inocência a ser preservada) assim como na criação dos colégios que visavam controle comportamental, e as creches como intervenções higienistas do Estado burguês no modo de vida da sociedade. O pós Segunda Guerra Mundial trouxe consigo a necessidade de aproximar a infância com o mundo adulto, trazer para mais perto a possibilidade real de viver esse sonho, foi “inventada” a adolescência, que também se impôs como uma moratória dos adultos aos mais jovens, e que se caracterizou especialmente pela rebeldia ao tradicional, juntou-se a isso a perda da autoridade, com a intervenção do Terceiro Social, na vida privada, que a partir desse momento passa a prevalecer sobre o público. O fortalecimento dessas intervenções em nome do psicológico e da situação financeira de cada indivíduo se fez majoritariamente no ambiente escolar, tornando esse apenas uma continuação do coletivo fora da escola, tirando desta o poder de ser algo diferente na vida dos alunos. Com o objetivo de identificar o lugar que a escola assume no discurso dos alunos adolescentes, utilizando metodologia de Gonzales Rey, que consiste em entrevistas e reflexão do conteúdo obtido possibilitando ao entrevistador se adequar as situações que vão surgindo ao longo da entrevista, reformular e/ou criar questões que possam surgir, mesmo em caso de entrevista planejada e dirigida), este trabalho apresenta reflexões sobre a realidade encontrada no discurso dos alunos e o papel que a sociedade atribui a escola na modernidade.Neste cenário resta aos adolescentes tornar a escola mais prazerosa, sendo esta o elo com uma imensa rede de sociabilidade que possa trazer o sonhado reconhecimento do mundo adulto.
Palavras chaves: Escola, Adolescência, Autoridade, Sociabilidade, Intervenção.

TRABALHOS ACADÊMICOS - Implicações Éticas do uso de animais em experiências didáticas no Ensino de Psicologia

IMPLICAÇÕES ÉTICAS DO USO DE ANIMAIS EM EXPERIÊNCIAS DIDÁTICAS NO ENSINO DE PSICOLOGIA
IMIANOWSKY, André Gustavo
FLORIT, Luciano Félix
O presente trabalho busca discutir sobre os as práticas experimentais que utilizam animais e que estão presentes no campo científico, e em particular, no âmbito do ensino da Psicologia. Foca-se também, sobre as possibilidades de ferramentas, instrumentos e atividades alternativas em compromisso com uma formação ética e práticas didáticas que não estejam envolvidas com a dor, sofrimento e morte de animais não-humanos. Busca-se refletir sobre os limites da experimentação através do resgate histórico desse fenômeno, as condições de uso e as possibilidades de mudança frente a este cenário. Discute-se ainda, sobre o conhecimento psicológico em formação com práticas laboratoriais que reproduzem experimentos legitimados em outras épocas e configurados como necessário para o atual momento através da tradição e cultura e no modo que se reflete essas práticas para a construção do pensamento crítico em Psicologia. A investigação e coleta de dados deram-se através de entrevistas semi-estruturadas com questões norteadoras para a discussão e foco reflexivo da temática apresentada. Utilizou-se de teóricos posicionados em uma perspectiva abolicionista, utilitarista e filosófica, como SÔNIA T. FELIPE, PETER SINGER, TOM REGAN, entre outros, todos estes envolvidos com o discurso da problemática do uso de animais como produções humanas em um processo de “coisificação”. Propõe-se ainda, neste trabalho, investigar as reais necessidades de experimentos com animais em específicas disciplinas do curso de Psicologia da Universidade Regional de Blumenau, frente à possibilidade de novos métodos, procedimentos e ferramentas alternativas para investigação experimental. Procurou-se conhecer as justificativas e/ou julgamentos dos acadêmicos que realizam tais práticas e no modo como estes percebem o uso de animais como um instrumento didático-pedagógico durante o percurso da formação de profissionais da Psicologia.
Palavras-chave: Ética, Experimentação Animal, Ensino Psicologia

domingo, 11 de outubro de 2009

TRABALHOS ACADÊMICOS - Subjetividade e Economia Solidária: O papel da Psicologia na Extensão da Incubadora Técnológica de Cooperativas Populares

Subjetividade e Economia Solidária: O papel da Psicologia na Extensão da Incubadora Técnológica de Cooperativas Populares
PRIM, Lorena de Fátima
BORGES, Cláudia Ronsani
BECHTOLD, Elisete Maria Gastaldi
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) tem como objetivos assessorar as experiências de geração de trabalho e renda, tendo como pressuposto os princípios da Economia Solidária. Este trabalho visa refletir sobre a importância da dimensão psicossocial (subjetividade: sentidos/significados, sentimentos, emoções e ações individuais e coletivas) vividos nos processos grupais das experiências da Economia Solidária. A Psicologia trabalha com a problemática da construção da identidade coletiva, não diluindo a singularidade e, ao mesmo tempo, trabalhando para a construção do coletivo. Tal processo gera a necessidade constante de trabalhar a convivência com as diferenças, o processo de comunicação, as relações de poder, o gerenciamento de conflitos, entre outros. O fazer da psicologia nas atividades da ITCP norteia-se nos pressupostos da Psicologia Social Comunitária, sustentando-se principalmente em autores como Vigotski; Martin Baró; Espinosa e Bader Sawaia. A atuação inicia-se com a realização de diagnósticos grupais, planejamento e acompanhamento das ações dos grupos. Para tanto, são realizados observações, entrevistas, grupos focais, dinâmicas de grupo, oficinas, cursos e participação em eventos como feiras e encontros de articulação política. A metodologia do trabalho da psicologia tem como desafio a vivência da interdisciplinaridade com as demais áreas que atuam na ITCP e a troca de saberes destes com os trabalhadores que vivenciam o processo dialético exclusão/inclusão social perverso no atual mundo do trabalho. Os resultados conquistados a partir da intervenção são a redução do estresse, a diminuição do medo e da vergonha, o aumento do ânimo e da esperança no futuro, bem como a estima de si, a capacidade de diálogo e de reflexão crítica sobre a sociedade. Considera-se que a consolidação de práticas de Economia Solidária que transforme a vida dos trabalhadores está condicionada à construção de nova dimensão cognitiva e afetiva da subjetividade.
Palavras-chave: Subjetividade, Economia Solidária; Psicologia.

TRABALHOS ACADÊMICOS - Economia Solidária, Extensão Universitária e Cidadania: A Assessoria da ITCP/FURB À APRI

Economia Solidária, Extensão Universitária e Cidadania: A Assessoria da ITCP/FURB À APRI
PRIM, Lorena de Fátima
RÉGIS, Ariane
DOERLITZ, Márcia
A Associação Participativa Recicle de Indaial/SC (APRI) foi criada em 2002 para gerar trabalho e renda solidários para um grupo de recicladores que sobreviviam em condições precárias da coleta de resíduos sólidos do lixão da cidade. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados e desafios vivenciados na atividade de extensão universitária da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que presta assessoria interdisciplinar à APRI desde a sua fundação, visando a organização e capacitação dos seus sócios, com base nos princípios da Economia Solidária. A metodologia de incubação da APRI norteia-se nos princípios da educação popular, baseando-se principalmente nas seguintes ações: a) realização de entrevistas; b) realização de reuniões quinzenais, para assessoria interdisciplinar da equipe ITCP, conforme a demanda do grupo; c) realização de cursos de capacitação em Economia Solidária e d) participação em demais eventos do Movimento da Economia Solidária, como por exemplo, feiras, encontros relacionados ao Movimento de Catadores, reunião com representantes do poder público local, entre outros. Os dois principais resultados alcançados são: a) a conquista da geração de trabalho para 17 trabalhadores, com a média mensal de R$ 700,00 e b) o desenvolvimento de parceria entre APRI, ITCP/FURB e poder público local, que garante a coleta seletiva, reciclagem e comercialização dos resíduos sólidos de forma coletiva e com respeito ao meio ambiente. Como conclusão a equipe ITCP considera que a Economia Solidária possibilita a reconfiguração da cidadania dos trabalhadores quando organiza o trabalho se baseando na autogestão, na solidariedade e no respeito à natureza.
Palavras-chave: Economia Solidária; Reciclagem de Resíduos Sólidos; Incubação.

TRABALHOS ACADÊMICOS - Questionamento Socrático para modificação de comportamentos de uma atleta de handebol

Questionamento Socrático para modificação de comportamentos de uma atleta de handebol
FRISCHKNECHT, Gabriela
NUNES, Carlos Roberto de Oliveira
HENNIG, Francieli
HASCKEL, Anna Claudia
JAQUES, Max
Em modalidades esportivas coletivas, existem comportamentos que contribuem com o rendimento de treinamentos e competições. Comunicação assertiva, responsabilidade, confiança e respeito com os colegas de equipe são alguns exemplos desses comportamentos. Em Psicologia Cognitivo-Comportamental, existem diversas técnicas para modificação de comportamentos. A auto-avaliação é uma forma de refletir sobre a relação entre estímulos ambientais, respostas emitidas e conseqüências geradas. O Questionamento Socrático possibilita ao sujeito refletir sobre as contingências e verificar soluções possíveis para problemas, além de auxiliar na coleta de informações sobre atribuições de causas, significados ou rótulos. Este trabalho relatará estudo de caso sobre uma atleta de Handebol, com quinze anos, que apresentava os seguintes comportamentos durante jogos disputados: a) Ao receber determinadas instruções do técnico, respondia em tom de voz alto e incisivo, nem sempre seguindo as instruções e, por conta própria, executando ações diferentes; c) Nestas ações realizava jogadas em que buscava sozinha a oportunidade de chute, sem oferecer assistências para as colegas ou possibilitar que elas realizassem chutes; d) Se comunicava com as colegas em tom de voz alto e incisivo, com falas como: “Tá com medo?”; “Deixa de ser medrosa!” e) Solicitava ao técnico, em tom de voz alto e incisivo, que substituísse atletas que não agissem conforme ela ordenasse. Em intervenção, a atleta realizou uma auto-avaliação, através de questionamento socrático sobre comportamentos em um dos jogos em que as contingências relatadas foram verificadas. A intervenção foi dirigida para definir prioridades e organizar informações e conclusões. A atleta seguiu as seguintes etapas: a) descreveu a situação; b) avaliou os estímulos ambientais e qual a conseqüência das respostas c) avaliou a funcionalidade desta resposta e d) qual resposta poderia substituir a resposta emitida, de forma funcional. Através das intervenções a atleta passou a emitir comportamentos que permanecem até então: a) ouvir as instruções do técnico e realizá-las, questionando-o assertivamente, para tirar dúvidas e trocar idéias; c) oferece assistência às colegas e é capaz de discernir quando a oportunidade de chute é adequada e d) em trabalhos de integração com a equipe, teve acesso a informações sobre como elas se sentem ao receber ordens incisivas ou verbalizações de motivação, passando a diferenciar a forma de comunicação com cada uma. Através de Questionamento Socrático, auto-avaliando seus comportamentos, a atleta concluiu que seus comportamentos anteriores dificultavam a comunicação e o trabalho em equipe, prejudicando o andamento e resultado dos jogos, além de prejudicar a integração e confiança do time. Modificando-os então por comportamentos funcionais.

Palavras-chave: Psicologia do Esporte, Psicologia Cognitivo-Comportamental, Questionamento Socrático.

TRABALHOS ACADÊMICOS - Prevalência de Aleitamento Materno e Fatores Associados no Município de Blumenau, Santa Catarina, Brasil

Prevalência de Aleitamento Materno e Fatores Associados no Município de Blumenau, Santa Catarina, Brasil
SOUZA, Ana Marise Pacheco Andrade de.
QUEVEDO, Maite Westarb de.
Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de aleitamento materno e fatores associados no Município de Blumenau, Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, realizada durante a segunda etapa da campanha de vacinação Sabin em agosto de 2007. Foram investigadas crianças de zero a cinco anos de idade presentes na campanha, através de entrevista dirigida às mães. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos em conformidade com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. Foram questionadas características sócio-econômicas, tempo de amamentação, motivos do desmame, utilização de mamadeira e chupeta. As entrevistas foram tabuladas através do Programa Estatístico LHSTAT, da Universidade Regional de Blumenau. Os resultados apontaram que 30% das crianças entrevistadas recebiam aleitamento materno no momento da pesquisa e destas 22,2% eram aleitadas exclusivamente. O percentual de crianças em aleitamento materno exclusivo na faixa de zero a 180 dias foi de 19,6%. Foi encontrada correlação positiva entre tipo de parto com a amamentação (p = 0,03). Evidenciou-se também que entre as crianças que nunca foram amamentadas 69,8% usou chupeta. Na análise bivariada encontrou-se uma independência entre amamentação e religião (p = 0,13), escolaridade (p = 0,24), presença do pai (p = 0,71), e trabalho materno (p = 0,055). Assim como outros estudos realizados, este revela que ainda há defasagem em relação aos índices preconizados pela OMS. Esforços devem ser mobilizados na intervenção das variáveis que dificultam e diminuem o índice de prevalência de aleitamento materno.
Palavras-chave: Aleitamento materno; aleitamento materno exclusivo; desmame precoce; leite humano; alimentação complementar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - FERNANDO SCHEEFFER

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - PALESTRA COM FERNANDO SCHEEFFER



Graduado em Psicologia (FURB), especialista em Saúde Mental Coletiva (FEHH) e mestre em Gestão de Políticas Públicas (UNIVALI). Atualmente é professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Faculdade Metropolitana de Guaramirim (FAMEG). Tem lecionado, escrito e orientado trabalhos principalmente na área da Psicologia Social e do Trabalho, bem como ciências sociais, sobretudo no que diz respeito às teorias do Estado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - APOLIANA REGINA GROFF

PALESTRA COM APOLIANA REGINA GROFF



Formada em Psicologia pela Universidade Regional de Blumenau - FURB, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC, coordenadora do Núcleo Florianópolis da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SEMANA ACADÊMICA DE PSICOLOGIA - ALESSANDRA HEIDEN GIRARDI

PALESTRA COM ALESSANDRA HEIDEN GIRARDI


Graduada em Psicologia pela Universidade Regional de Blumenau (2003) e pós graduada em Políticas Públicas pela mesma universidade.
Desenvolve atividades profissionais no Tribunal de Justiça de Santa Catarina e na Prefeitura Municipal de Blumenau.
Possui, na área da saúde, experiência em Educação Permanente em Saúde, Política Nacional de Humanização e práxis Ambulatorial.
Já como Psicóloga Forense, atua com as Varas de Família e Vara da Infância e Juventude.