domingo, 11 de outubro de 2009

TRABALHOS ACADÊMICOS - Subjetividade e Economia Solidária: O papel da Psicologia na Extensão da Incubadora Técnológica de Cooperativas Populares

Subjetividade e Economia Solidária: O papel da Psicologia na Extensão da Incubadora Técnológica de Cooperativas Populares
PRIM, Lorena de Fátima
BORGES, Cláudia Ronsani
BECHTOLD, Elisete Maria Gastaldi
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Universidade Regional de Blumenau (FURB) tem como objetivos assessorar as experiências de geração de trabalho e renda, tendo como pressuposto os princípios da Economia Solidária. Este trabalho visa refletir sobre a importância da dimensão psicossocial (subjetividade: sentidos/significados, sentimentos, emoções e ações individuais e coletivas) vividos nos processos grupais das experiências da Economia Solidária. A Psicologia trabalha com a problemática da construção da identidade coletiva, não diluindo a singularidade e, ao mesmo tempo, trabalhando para a construção do coletivo. Tal processo gera a necessidade constante de trabalhar a convivência com as diferenças, o processo de comunicação, as relações de poder, o gerenciamento de conflitos, entre outros. O fazer da psicologia nas atividades da ITCP norteia-se nos pressupostos da Psicologia Social Comunitária, sustentando-se principalmente em autores como Vigotski; Martin Baró; Espinosa e Bader Sawaia. A atuação inicia-se com a realização de diagnósticos grupais, planejamento e acompanhamento das ações dos grupos. Para tanto, são realizados observações, entrevistas, grupos focais, dinâmicas de grupo, oficinas, cursos e participação em eventos como feiras e encontros de articulação política. A metodologia do trabalho da psicologia tem como desafio a vivência da interdisciplinaridade com as demais áreas que atuam na ITCP e a troca de saberes destes com os trabalhadores que vivenciam o processo dialético exclusão/inclusão social perverso no atual mundo do trabalho. Os resultados conquistados a partir da intervenção são a redução do estresse, a diminuição do medo e da vergonha, o aumento do ânimo e da esperança no futuro, bem como a estima de si, a capacidade de diálogo e de reflexão crítica sobre a sociedade. Considera-se que a consolidação de práticas de Economia Solidária que transforme a vida dos trabalhadores está condicionada à construção de nova dimensão cognitiva e afetiva da subjetividade.
Palavras-chave: Subjetividade, Economia Solidária; Psicologia.

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